sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cerebral

Para participar de uma prova, não basta correr, é preciso pensar!

Uma prova normalmente começa semanas ou meses antes da largada com a busca do condicionamento certo e do treinamento adequado para evitar excessos ou falta; passa pelo dia antes da prova, com uma boa alimentação e uma noite bem dormida,

Há necessidade de cuidados preliminares com a inscrição, número de peito, tênis, roupa, logística para a manhã seguinte, etc.

Antes da largada não dá para desprezar o aquecimento, a hidratação, o alongamento, o relógio, a colocação do chip e principalmente a programação de como a prova será executada.

Para isso é preciso conhecer a capacidade individual do corredor, levar em consideração aspectos como temperatura e umidade relativa do ar durante a corrida e a altimetria (que é o relevo da prova); programar uma meta de chegada e então programar um ritmo de velocidade que permita cruzar a linha de chegada no tempo programado.

Existem muitas formas de execução de ritmo, ou pace. O pace é registrado pelo tempo que o atleta leva para percorrer determinada distância, como por exemplo: minutos/quilômetros, minutos/milha; por isso, quanto maior o pace mais lento o atleta está.

O pace contínuo, onde o corredor executa toda a prova de forma linear, sem variar o ritmo da corrida; este tipo de pace é bastante utilizado em corridas planas; abaixo um gráfico ilustrativo

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Pode ser adotado, ainda, o esforço contínuo, sobretudo naquelas corridas onde existem alterações significativas de relevo; o corredor procura manter o mesmo gasto de energia nas subidas e descida controlando o desgaste mesmo que isso não resulte em equilíbrio de tempo, gerando um gráfico de velocidade sinuoso:

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O pace crescente, onde o corredor inicia a prova na sua melhor velocidade e vai aumentando o seu pace, ou seja, diminuindo sua velocidade, fazendo a segunda metade da prova de forma mais lenta que a primeira:

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É o oposto do pace regressivo ou decrescente que é o mais utilizado por corredores – inclusive, muitos recordes foram quebrados com esta técnica-, onde a segunda metade da prova é executada de forma mais rápida que a primeira. Ou seja, o corredor guarda o fôlego para os quilômetros finais, mas deve tomar cuidado para não negligenciar com a primeira parte para não se desgarrar do tempo programado para sua chegada:

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Alguns preferem, ainda, adotar o pace envelope, que é quanto um atleta divide a prova em três parte, na primeira escolhe uma velocidade que será a mesma que irá fazer a última parte, enquanto no trecho intermediário acelera (envelope aberto) ou desacelera (envelope fechado); o nome se dá pois o gráfico de velocidade se assemelha a silueta da aba de um envelope:

(No ‘envelope aberto’: a parte intermediária é mais rápida do que o início e final da prova):clip_image010

(No ‘envelope fechado: a parte intermediária é mais lenta do que o início e o final da prova):clip_image012

Evidente que cada uma das técnicas apresentadas varia de corredor para corredor e de prova para prova, o que importa é que o atleta trace um planejamento adequado levando em consideração, sobretudo, a sua capacidade real de execução da corrida, o que certametne evitará que a prova se torne algo desconfortável e frustrante.

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